20/09/2009

Suerte

Ganhei a bonequinha da sorte da Ana, lá do Pelos Caminhos da Vida e quem gostou fique a vontade para levar.



Isso me lembrou que quando estive na Argentina observei que alguns se despedem dos outros assim, desejando "suerte".

Achei engraçado na verdade, porque nunca acreditei nisso de boa ou má sorte.

Acredito mesmo que sorte é o conhecimento que encontra a oportunidade. Acredito em disposição para correr atrás e chegar a resultados. Que seja bom ou ruim é só consequência.

Acho que acreditar em sorte nos exime do fracasso, que é nosso. Então não tivemos uma promoção no trabalho porque nos faltou sorte? E se você recebeu a tal promoção no seu trabalho, então significaria que você somente teve sorte, não trabalhou muito duro para que isso acontecesse?

É como se dissessemos à Santos Dumont: puxa, que sorte você teve em conseguir voar! Ou ao Schumacher: muita sorte você ter chegado em primeiro! Ou ainda que Thomas Edison teve muita sorte com tudo aquilo.

Mas com todo esse discurso também não consigo resposta para muitas coisas.

Como explicar então os ganhadores da mega-sena? Não se pode dizer que ali houve a conjunção do conhecimento com a oportunidade...

A menos que o jogador tenha feito uso da lei das probabilidades... e ainda assim... porque ele e não eu???

18/09/2009

Tico e Teco trabalhando

Eu li há um tempo, não consigo me lembrar onde, algo que dizia mais ou menos assim:

“Encare o que te aflige com essas palavras: Em cinco anos, vai importar?”

Pois é, isso é mesmo algo a se pensar.

Olhei para trás e percebi que a maioria das coisas que me pareciam catastróficas, não me atingem mais. Penso, por que é que eu me preocupei tanto com aquilo? Por que parecia tão importante? Se realmente tivesse alguma importância, não teria ainda hoje?

E fiquei aqui a matutar, quais das minhas preocupações de hoje, quais das minhas aflições e catástrofes particulares, quais ainda terão importância daqui cinco anos?

Pensar nisso me atenua o hoje. Faz mais claro o lugar que cada coisa merece.

Muito pouca coisa é importante de verdade.

08/09/2009

Lindo tango



Uno, busca lleno de esperanzas
el camino que los sueños
prometieron a sus ansias...
Sabe que la lucha es cruel
y es mucha, pero lucha y se desangra
por la fe que lo empecina...
Uno va arrastrándose entre espinas
y en su afán de dar su amor,
sufre y se destroza hasta entender:
que uno se ha quedao sin corazón...
Precio de castigo que uno entrega
por un beso que no llega
a un amor que lo engañó...
¡Vacío ya de amar y de llorar
tanta traición!

Si yo tuviera el corazón...
(¡El corazón que di!...)
Si yo pudiera como ayer
querer sin presentir...
Es posible que a tus ojos
que me gritan tu cariño
los cerrara con mis besos...
Sin pensar que eran como esos
otros ojos, los perversos,
los que hundieron mi vivir.
Si yo tuviera el corazón...
(¡El mismo que perdí!...)
Si olvidara a la que ayer
lo destrozó y... pudiera amarte..
me abrazaría a tu ilusión
para llorar tu amor...

Pero, Dios, te trajo a mi destino
sin pensar que ya es muy tarde
y no sabré cómo quererte...
Déjame que llore
como aquel que sufre en vida
la tortura de llorar su propia muerte...
Pura como sos, habrías salvado
mi esperanza con tu amor...
Uno está tan solo en su dolor...
Uno está tan ciego en su penar....
Pero un frío cruel
que es peor que el odio
-punto muerto de las almas-
tumba horrenda de mi amor,
¡maldijo para siempre y me robó...
toda ilusión!…

Cantado por Libertad Lamarque
Música: Mariano Mores
Letra: Enrique Santos Discepolo

02/09/2009

É de dar pena...


Sabe o tipo de pessoa que sempre me irrita? O tipo que se faz de coitada o tempo todo. É, essas que vivem com pena de si mesmas, se achando a mais infeliz das criaturas.

E sabe o que eu tenho feito? Exatamente isso.

Bom, eu levo a vantagem de só ficar achando isso, não fico espalhando isso por aí e nem incomodando ninguém como é de praxe para o tipo e muito menos resolvo listar meus problemas para o pobre que cruza comigo na rua e me pergunta se está tudo bem.

Reclamar, conversar com os amigos, tudo bem, porque senão ninguém agüenta. Agora, ficar com peninha de si mesma... aí já é demais.

Coitada eu? De jeito nenhum. Olha em volta, fofíssima. Que vergonha.

Se as coisas nem sempre saem do jeito que eu gostaria que saíssem a culpa é minha. Não há universo nenhum conspirando contra mim, não há Deus me castigando, não há Murphy me assombrando. Eu sou a causa.

Deposito expectativas demais em cima de mim e também em cima das outras pessoas, querendo que tudo seja absolutamente perfeito, e aí então, quando algo não fica exatamente do jeito que eu imaginei, lá estou eu me lamentando: óh céus, óh dia, óh azar... tem coisa que só acontece comigo, que dó de mim e blá blá blá.

Ahhh pára, tenha santa paciência dona Taís. Essa atitude sim, é de dar pena.

Nós somos mesmo o resultado de nossas escolhas e se as coisas não estão como eu quero é porque em algum momento eu fiz m****. E aí, vou continuar fazendo?

Não resolve reclamar, o que resolve é eu identificar onde errei, sacudir a poeira e dar a volta por cima, como diria Beth Carvalho.

Porque eu sou a causa sim, mas também sou a solução.