31/03/2010

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"Tudo o que vemos ou parecemos não passa de um sonho dentro de um sonho."
Edgar Allan Poe

28/03/2010

Quem viveu, viu

No último post, sobre o Renato Russo, eu comecei a pensar em quanta coisa eu já vi.
Nasci sob o comando militar de Ernesto Geisel e depois ainda tivemos João Figueiredo, assim que posso dizer, mesmo que ainda não entendesse bem o que significava, vi a Ditadura.
Embora criança, participei com meus pais das passeatas pelas Diretas Já! e fiz vigília na frente do hospital onde estava Tancredo Neves.
De lá para cá já presenciei a posse de 5 Presidentes da República diferentes e já manuseei 6 moedas brasileiras. Vi a inflação chegar a escandalosos 1.157,6%.
Fui fiscal do Sarney.
Conheci o Lula sindicalista e Deputado Federal.
Vi o Collor confiscar as poupanças (o que me dá trabalho até hoje), me lembro de Zélia Cardoso quando era mais do que somente a ex mulher do Chico Anysio, o movimento dos “cara pintadas” e finalmente o impeachment do Presidente.
Vi a passagem do cometa Halley (bom, ver ver eu não vi, mas ele passou)
Eu já estava aqui pela a queda do muro de Berlim com a reunificação da Alemanha, para a guerra do Golfo, a dissolução da URSS e o fim da Guerra Fria. E também para o fim do apartheid na África e a eleição Mandela.
Vi surgir o Tocantins.
Me lembro perfeitamente do acidente com o reator nuclear em Chernobyl.
Vivi antes da internet, do computador ou do celular. Siiim, viver sem isso é possível!
Assisti a morte de Airton Senna.
Eu vi o surgimento, o boom, dos Titãs, do Legião Urbana, Cazuza, Kid Abelha, Ultrage a Rigor, U2 e muitos outros. A alguns também vi morrer, como Renato e Cazuza.
Vi Michael Jackson estreando o seu moonwalker e claro, como todo mundo que se preze, tentei fazer igual diversas vezes; aliás eu ainda o vi um pouquinho em The Jackson Five.
Assisti a estréia de E.T.o extra-terrestre no cinema
Comprei a fita cassete de We are the world em seu lançamento.
Usei muuita vitrola e long play.
Vi o primeiro Rock in Rio televisionado e assistia o Holliday on Ice na televisão.
Assisti à abertura dos Jogos Olímpicos de Barcelona com Freddie Mercury e Monserrat Caballé.
E por aí vai. Não vou conseguir me lembrar de todos os fatos políticos e artísticos do mundo nessa época, foram anos muito ricos.
Curioso a gente pensar que participou, de alguma forma, de muitos fatos históricos, coisas que outros só sabem por “ouvir falar” e olhe lá.
É, isso realmente significa que estou ficando velha, mas quem não está?

P.S. Os fatos não estão em ordem cronológica, coloquei conforme fui lembrando.

27/03/2010

Tributo a Renato Russo

Quero deixar aqui registrado o meu grande Salve a um dos maiores ícones do rock brasileiro, Renato Russo, que hoje completaria 50 anos de idade.
Mesmo que isso signifique que estou ficando velha, ter conhecido de perto tanta gente e tanta coisa que as gerações de agora só conhecem por ouvir falar, me faz muito orgulhosa.
Dificil escolher uma de suas músicas, então, num uni duni tê, eu decidi escolher a primeira que aparecesse no youtube.
Salve Renato, pra sempre na lembrança de milhões de brasileiros.

19/03/2010

Como o brasileiro elogia sua mulher

16/03/2010

Minhas anteninhas de vinil estão detectando...

(quem nunca assistiu o Chapolin Colorado que atire a primeira pedra!)

Todo mundo tem a tal da anteninha, só acho que uns prestam mais atenção do que outros.

Anteninhas, faro fino, sexto sentido, instinto, intuição, não importa o nome que se dê, o intrigante é como isso acontece.

E pensando nesse processo me lembrei que há uns tempos eu assisti a série Lie to Me. É sobre um cara perito em micro-expressões, bom, basicamente ele é pago para dizer se alguém está dizendo a verdade ou não e para isso se baseia em gestos e expressões quase imperceptíveis. Quase. Nada que um bom e treinado observador deixe passar.

E não será o nosso subconsciente um observador bom e treinado, captando de alguma forma o que deixamos escapar?

Dizem que sexto sentido de mulher é foda. E acho mesmo que seja assim, mas porque a mulher é mais detalhista, mais minuciosa, mais sensível, mais observadora (pelo menos é o que dizem por aí).

São essas coisas que não sabemos explicar como, mas sabemos que são. E como não entendemos de cara o que seja, ficamos com essa sensação de que “algo cheira mal”, um sinal de alarme soando, como alguém murmurando algo ininteligível. Sabemos que há algo errado, mas não conseguimos definir o que. O mesmo quando, aparentemente do nada, não gostamos de alguém que acabamos de conhecer. Isso não pode advir do nada, de lugar nenhum, alguma coisa nos sinalizou que a pessoa em questão não é confiável.

Algo no outro nos faz entrar em estado de alerta. Quem sabe um gesto, um olhar, um modo de falar, o tom de voz, um algo que não podemos definir, mas que esteve ali tempo suficiente para ser captado.

Volta e meia descartamos essa sensação como algo imaginado, e realmente algumas vezes pode ser, mas quantos tombos seriam evitados se acreditássemos mais em nós...

Longe de mim querer destruir o mito da intuição feminina, mas anda me parecendo que nada mais é do que o trabalho de um bom e leal observador.

08/03/2010

Curioso...

Vá ao Google: www.google.com.br e procure a palavra "mentiroso". Veja o que aparece primeiro.
Eu sempre soube que podia confiar no google :-0

04/03/2010

Pensando os pensamentos


Há algo curioso acerca dos pensamentos, quase nunca consigo transformá-los em palavras.
Não é raro que alguém me pergunte sobre o que estou pensando e eu não consiga responder. Assim como também não é raro que eu pense e repense o que quero dizer e quando finalmente vou externar isso, não consiga dizer nem a metade das coisas que pensei e nem da forma como pensei.
A maioria dos pensamentos não são concretos, não podem ser impressos em palavras. A velocidade com que eles transitam não me dão essa possibilidade. Só eu os entendo, se os tentasse explicar careceriam de sentido e conexão.
Há os que ajudem a entender a vida, as pessoas, há os que ajudem a ser paciente e compreensiva, mas há muitos também que não levam a lugar algum. Ao contrário, desgastam e ferem, mas eles acontecem sozinhos, simplesmente penso. É um processo parecido com o ruminar.
Melhor seria se a gente pudesse escolher os pensamentos, deletar os que não gosta e favoritar os úteis, mas não acontece assim.
Se ao menos pensar me deixasse mais racional...

"A vida mais doce é não pensar em nada." Friedrich Nietzsche