29/05/2011

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Sabe quando pensamos que temos um problemão? E que nada na vida tem solução, que está tudo uma porcaria e de repente, no meio de tudo, pensamos se qualquer coisa finalmente vale a pena? Então, para mim sempre funciona tomar um choque de realidade.

As vezes, no meio de tudo isso, não conseguimos ver o tanto de outras coisas boas que temos da vida. Afinal, a vida não se resume a trabalho ou romance ou a uma única parte. Há mais, há muito muito mais. E coisas definitivamente mais importantes.

Sapeando ai pelo facebook, encontrei o perfil de uma conhecida da adolescência. Mantinhamos raros contatos até que nos perdemos. Bom, vi que há alguns meses ela perdeu o filho de 14 anos para um câncer. A mesma idade da minha filha. 

Eu não consigo pensar em problema maior. Em dor maior. Faz todo o resto parecer uma imensa besteira e me dá grande vergonha sequer pensar que eu sofro por pseudo-problemas. Isso sim é que é triste e irreversível. O resto é resto. Empregos e promoções vem e vão. Amigos vem e vão. Dinheiro vem e vai. Mas nada disso nos destrói. A gente levanta, sacode a poeira dos joelhos e já está pronta pra outra. Agora, filhos... quem tem, entende. É, sem dúvidas, o que de mais terrível pode acontecer a alguém.

Absurdo como permitimos que coisas pequenas nos atinjam com tamanha intensidade.

É claro que eu ainda vou achar ruim quando as coisas não saem como eu gostaria. Vou reclamar e vou xingar e vai passar e vou me lembrar em seguida de todas as coisas boas que eu tenho e agradecer, sempre, por ter o que é realmente importante e necessário para continuar levantando todas as manhãs.

Agora eu vou ali, assistir qualquer filme bobo beeeem agarrada com as minhas filhas.

Témaisler (como diz um amigo).

28/05/2011

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Nigel (Stanley Tucci): Quando chegar a hora ela vai me recompensar.

Andy Sachs (Anne Hathaway): Tem certeza disso?

Nigel (Stanley Tucci): Não. Mas eu espero o melhor. Sempre espero o melhor.


Eu também. Ou qual seria o sentido de acordar todas as manhãs?

(diálogo extraído do filme O Diabo Veste Prada)

17/05/2011

Abaixo o preconceito! Viva a ignorância!

Se ser preconceituosa é procurar falar certo e querer ouvir quem fala, então eu sou a mais preconceituosa das criaturas. E com orgulho.

Não vou me alongar em explicações, todo mundo sabe do que eu estou falando: o novo livro distribuído pelo MEC (?) "Por uma Vida Melhor", da ONG Ação Educativa.

Defendem dizer, por exemplo: "Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado" ou “nós pega o peixe”. Dizem também que "a escola precisa livrar-se de alguns mitos: o de que existe uma única forma 'certa' de falar, a que parece com a escrita; e o de que a escrita é o espelho da fala". Ainda, segundo os autores, o estudante pode correr o risco de ser vitima de preconceito caso não conheça a norma culta.

Aham... senta lá Cláudia... como diriam minhas filhas.

Eu sei exatamente (bom, na maioria das vezes) os erros que cometo. E os cometo propositalmente, porque quando escrevo não tenho a pretensão de fazer literatura a la Ruy Barbosa, sequer de fazer literatura e escrevo então aqui, coloquialmente. Todo mundo faz isso. Agora, falar e escrever coloquialmente é uma coisa, falar e escrever errado é outra bem diferente. Ninguém merece um chato que fala pela norma culta, é um porre, mas daí a ensinar nas escolas que tanto faz concordar ou não o verbo com o sujeito ou usar o plural, faça-me um favor... São erros grotescos, que fazem doer meus ouvidos.

Elas não vão justamente à escola para aprenderem o que é correto? Ou eu estou por fora? Parece-me que para aprender assim, minhas filhas não precisam sair de casa. Bom, precisam. Em casa aprendem a falar e escrever corretamente.

É o fim da gramática? Não há mais certo ou errado, somente variações?

Como bem disse o professor Sérgio Nogueira: “É um preconceito da mesma forma que se uma pessoa for fazer uma entrevista usando chinelo e regata será discriminada” e “O que me irrita mais nessa história é que se fala tanto em preconceito e discriminação, mas acho que a discriminação maior é acreditar que a criança é incapaz de aprender plural e concordar verbo com sujeito."

De qualquer forma, num país que tem em sua Academia de Letras nomes como o de Paulo Coelho, Sarney, Marco Maciel e outros, que elege Tiririca como deputado federal e o coloca na Comissão de Educação e Cultura da Câmara, que veta obras de Lobato nas escolas, nada mais deveria surpreender. Mas olha só, ingênua que sou, novamente fico de queixo caído.

Eu não sou paranóica, mas começo a achar que a teoria de que há uma conspiração para “emburrecer” o povo, até que faz sentido.

14/05/2011

VIP




Não estaria nada mal que muitas pessoas dessem uma olhada nessa palestra... nada mal...