30/12/2009

10...9...8...7...6...5...4...3...


Pois é... lá se voa mais um ano... que aninho foi este não? Não é sem tempo que acaba.

É engraçado isso de acharmos que com um ano se encerra um ciclo, afinal o fim de um ano e começo de outro nada mais é do que um dia depois do outro.

Mas um Novo Ano nos trás isso, revigoramento, esperança. É aquela tomada de fôlego. Temos uma folha em branco e inúmeras expectativas. Essa é a magia.

Não vou desejar aqui que no novo ano todos os seus ou os meus sonhos se realizem e nem que tudo seja um mar de rosas. Seria desejar o impossível. A vida não vai mudar com o simples virar da folhinha do calendário.

Mas eu desejo que tenhamos, você e eu, a coragem e o empenho de ir à luta, de agüentar os solavancos e saber reconhecer as oportunidades. Que a gente deseje e acredite.

E se algo der errado, que ainda exista amor pra recomeçar.

A todos um ano 10!

Tin-tin


“Quem teve a idéia de contar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial,
industrializou a esperança fazendo-a
funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano
se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação.
Tudo começa outra vez.
Com outro número e outra vontade de acreditar
que daqui por diante vai ser diferente.”
Carlos Drumond de Andrade.

23/12/2009

FELIZ NATAL!!!

21/12/2009

Balanço final

O ano termina (tá, até parece que eu descobri a América...)


Nada de muito importante se deu no meu mundo exterior. Não comecei novos projetos, não procurei nenhuma promoção no trabalho, não comecei o sem número de cursos que gostaria de fazer e isso poderia dar a impressão de que não caminhei pra lugar algum.


Ledo engano.


As coisas aconteceram, só que dentro de mim. Este foi o ano que chamei de reflexivo. Talvez não por livre e espontânea vontade, mas foi importante. Foi preciso até.


Às vezes a gente tem que parar e se colocar no eixo. Reordenar tudo. Entender e aceitar as próprias limitações. Ver os erros e os acertos. Ver o que não gosta e o que gosta. Definir limites, entender até que ponto se está disposto.


Não é simples, não é tão fácil como parece ao falar, ninguém passa incólume por isso. É um processo feito de quedas e superações, de erros e de acertos, de lágrimas e sorrisos que ainda não terminou e que não termina.


...step by step... day by day.


Encerro o ano me sentindo mais forte e mais capaz do que quando entrei nele.

12/12/2009

...

Tenho a impressão que a vida, as coisas foram me levando. Levando em frente, levando embora, levando aos trancos, de qualquer jeito. Sem se importarem se eu não queria mais ir. Agora olho em volta e não tenho certeza se gostaria mesmo de estar aqui.
Caio Fernando Abreu

21/11/2009

Dá quem tem


Eu não sei com vocês, mas pra mim o que eu tenho que pedir ou cobrar não tem valor algum, perde a razão de ser.

Afeto, carinho e essas coisas tem que ser espontâneos, tem que vir de graça, tem que vir porque alguém quis me dar e não porque eu pedi que me dessem, tem que ser sincero, sem chatices e cobranças ou se torna cansativo. Assim que quase nunca (ou talvez nunca mesmo, não consigo me lembrar agora) eu cobro nada.

Talvez isso seja orgulho, achar que me rebaixaria pedindo algo? pode ser... mas me sentiria ridícula tendo que dizer o que para mim é óbvio ululante, como diria Nelson Rodrigues.

Ninguém pode dar o que não tem. E se tivessem já teriam dado.

Sigo pensando assim até que algo me prove o contrário. Não sou imutável. E muitas vezes até prefiro estar errada.

05/11/2009

Il Divo




Estiveram no Credicard Hall em São Paulo na semana passada.
É verdade que quando fui convidada por meu pai para ir não tinha muita vontade. Já conhecia o grupo e gostava, mas mesmo assim decidi ir a principio para fazer companhia a meu pai.
Eu pouco entendo de música ou de suas técnicas, só entendo de gostar ou não gostar, entendo do que me emociona e do que não me prende e sou mesmo bastante chata para música. Mas vou confessar aqui que mesmo já conhecendo o trabalho do grupo fiquei muito surpresa com esses quatro vozeirões cantando ali perto de mim.
Segundo eles mesmo se definem, formam um grupo de música pop com técnicas de música clássica. A mistura me agrada. Cada integrante é de um país e cantam em diversos idiomas.
Fizeram bem aos meus ouvidos (e aos olhos também, cof cof).
O show me agradou. Aliás o que começou me agradando foi que o show marcado para as 21,30hs começou as 21,40hs! Elegantérrimo. Nada desses ataques de estrelismo que vemos por aqui, com shows atrasando em mais de uma hora o seu início. A casa estava absolutamente lotada apesar da nenhuma publicidade em torno do concerto.
Minha presença eles já tem confirmada para o próximo.

28/10/2009

Virtual... eu sou?

Quer sejamos jovens ou velhos, antiquados ou modernos, não dá pra fugir, a internet se tornou uma nova maneira de nos relacionarmos. Encontramos novos amigos, reencontramos outros, namoramos, e veja, até inimigos alguns conseguem fazer.
Há algum tempo, não muito, nossos amigos e namorados eram pessoas da nossa rua, do nosso bairro, da nossa escola, da nossa cidade, no máximo de alguma cidade vizinha. A internet destruiu fronteiras, elas deixaram de existir. De que outra forma você conheceria alguém que mora em outro continente sem nunca ter ido pra lá? Me maravilhava isso.
Para mim o msn, por exemplo, é como um telefone moderno onde você além de falar, pode até ver a outra pessoa! O Orkut ou o Facebook um barzinho onde posso encontrar e conhecer pessoas mesmo estando de pijama (e com o facilitador de normalmente aproximar pessoas que tem algo em comum), melhor, pode-se ir ao encontro delas estejam elas em São Paulo ou na Noruega, a distância é a mesma, estão todas à distância dos milímetros de espessura da tela do meu computador, bem aqui.
Óbvio que estes relacionamentos não substituem os outros, não substituem sair com outros amigos, não substituem a sensação do toque, nem o abraço, nada disso, é tão somente uma forma diferente, mas ainda assim, uma forma de relacionamento.
Nunca havia me questionado o quanto de realidade existe num relacionamento “virtual”. Qual é a diferença entre uma pessoa que conheci na internet e outra que conheci na fila do banco? Essa diferença então, se é que há alguma, se dizima por completo quando esse relacionamento se estreita e passa a outro nível. De mais a mais as pessoas vem e vão tenha você as conhecido onde quer que seja e da forma que seja.
Que #@%$$ é “virtual”? Quem é virtual?
Virtual pra mim são marido e mulher que não sabem e nem querem saber o que cada um fez do seu dia. Virtual são os amigos que nunca te procuram, salvo que precisem de você para alguma coisa. Virtual é o pai que nem sabe em que ano da escola está seu filho e a filha que nunca esta em casa.
Temos mais virtuais cruzando com a gente pela vida do que seremos capazes de reconhecer.
Assim pensava eu até há alguns dias...
E então um gatilho me fez explodir em pensamentos.
Será que relacionamentos virtuais não seriam auto-boicotes afinal? Sim, pessoas fugindo do que realmente poderiam ter em tête-à-tête por medo ou por alguma experiência desastrosa ou simplesmente por comodismo mesmo. Afinal hoje em dia não precisamos mais sair de casa para comprar, para ver shows, para ir ao cinema e nem para conversar ou conhecer gente. Estaremos nos escondendo atrás da tela de um computador por nos sentirmos mais seguros ali?
Serão mesmo esses relacionamentos menos reais?
Sigo por aqui pensando...
Há tanto barulho.

23/10/2009

Trintona

Nestes dias, enquanto almoçava, eu lia uma revista (o que é bastante comum, não consigo almoçar fora de casa sem estar lendo alguma coisa). Bom, uma das matérias da revista falava sobre personalidades, assunto que sempre me atraiu bastante, deve ser assim com muitas pessoas.

O que me chamou a atenção na matéria foi um destaque que dizia: “Você tem até os 30 anos para tentar ajustar a sua personalidade. Depois disso, é melhor não contar com mudanças. O ponto é que depois dos 30 anos a sua personalidade tende a se congelar como é.”

Claro que não é que não conseguiremos mudar nada, mas teremos que trabalhar com o que temos. Ou seja, uma pessoa quieta e discreta com um pouco de esforço pode fazer uma palestra, mas não vai mais se tornar o piadista da turma.

Há algum tempo eu tenho percebido isso.

Estou sempre em luta comigo mesma. Sempre tentando vencer meus medos, minhas reservas, minha timidez, minhas travas, meus pré-conceitos, e tentando e tentando e tentando... sempre achando alguma coisa com o que brigar, alguma coisa que não gosto, algo que quero mudar.

Eu já passei dos 30 anos, será que não é hora de parar de querer mudar o jeito que eu sou e passar a me aceitar? Aceitar que algumas coisas não vão mudar por mais que eu tenha vontade, que eu já sou burro velho?

Isso é extremamente cansativo. Me suga energia que eu deveria gastar com outras coisas.

Finalmente entendo que somos queridos ou não por nossas minúcias, por nossa essência, por sermos quem somos.

Sabe, não vou conseguir agradar todo mundo nunca. Sempre vai ter alguém insatisfeito com alguma coisa, sempre vai ter alguém para quem eu não fui suficiente, alguém que esperava mais de mim. Mas viver tentando driblar isso é loucura! Viver tentando ser quem eu não sou e não vou ser, é loucura. Agradar aos outros às custas do que eu quero, do que eu gosto e do que eu sou, é loucura.

Isso mesmo de começar a escrever um blog, por exemplo. Fui eu tentando vencer essa imensa reserva que eu tenho. Nunca gostei de ser o assunto principal numa conversa, não sei falar de mim a menos se questionada frontalmente. Prezo muito a minha privacidade. E aí então um dia resolvi radicalizar. Um blog.

Bom, é certo que aqui só me exponho até o ponto que quero, só digo o quanto quero e o que quero. Mas fui tomando gosto pela coisa, eu vi que tenho coragem de escrever coisas que não teria coragem de falar, me sentia à vontade. Aqui não temos rostos, só sentimentos. Não preciso ter medo. Aqui eu converso comigo. Me entendo melhor. É, parece que quando escrevo sobre alguma coisa que me incomoda, sobre algo que eu estou sentindo, parece que eu consigo entender isso melhor. É verdade também que nunca esperei que alguém um dia fosse ler este blog, talvez isso tenha me dado um empurrãozinho a principio.

Que eu sempre fui melhor escrevendo do que falando não há dúvidas. Sou eu mesma, só que mais livre. Não sei explicar isso, mas quando escrevo, qualquer coisa, uma carta, um email, um texto, até um contrato, as palavras vem com facilidade, fluem mais rápido e mais fácil. O que já não acontece quando estou conversando.

Falar de sentimentos então é a coisa mais difícil do mundo, os sentimentos estão ali, tão fortes que me sufocam, mas não sei bem como botar tudo isso pra fora, sejam sentimentos bons ou ruins. Eu sinto com intensidade que às vezes me assusta mas travo lá dentro e provavelmente quem me olhe não será capaz de imaginar isso.

Já briguei muito comigo mesma por isso, por querer ser mais extrovertida, falante, por querer botar pra fora as coisas com facilidade, sem me importar com nada. Mas eu não quero mais lutar pra ser quem eu não sou. Se fosse extrovertida e falante não seria eu.

Eu sou mesmo assim, quieta, tímida com quem não conheço (a única coisa engraçada é que não sou tímida no banco, falo o que for preciso sem medo), reservada, fujo de discussões e nem sou capaz de efusivas demonstrações de sentimentos, embora estejam todos ali, intensos: raiva, angustia, alegria, amor, felicidade...

Não dá mais pra ficar enxergando somente os meus defeitos, passei da idade de ser modesta, passar dos 30 tinha que ter alguma vantagem. Também tenho lá algumas qualidades e se isso não for bom o bastante para mais alguém, pelo menos vai ter que ser bom o bastante para mim. É assim que eu sou.

Não é mais tempo de tentar mudar e sim de me aceitar.


"Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando". Clarice Lispector.

16/10/2009

Entendendo o Cupido...

09/10/2009

Finda a greve... eu juro que viro mico de circo antes de votar a favor de uma de novo.
Grrr

07/10/2009

Greve

Já tô de saco cheio de ser parada na rua, ter que responder no orkut, no facebook, no msn e em qualquer lugar sobre a greve dos bancários.


Estamos de greve mesmo, exercendo um direito que nos é garantido pela Constituição. Pelo menos esse, haja vista que tantos outros nos são negados todos os dias.


Acho na verdade que brasileiro tem uma falta de união que é de dar vergonha. Cada um pensa no seu individual e em mais ninguém. Não tá nem aí se os outros estão sendo explorados, (sim, explorados mesmo, eu sei em que condições chego na minha casa todos os dias) cada um só quer saber de si, se a merrequinha do meu dinheirinho tá na conta é o que me importa, dane-se o mundo. Ao invés do povo se apoiar, não, cada um se isola no seu mundinho e ái de quem se atrever a atrapalhar.


Se os correios fazem greve, os funcionários são vagabundos; se os transportes fazem greve, os funcionários não querem trabalhar; se bancário faz greve é de alegre porque ganha bem e trabalha pouco... e assim com os professores, os médicos, os lixeiros, os metalúrgicos, etc.


Muitos dizem: “Ahh trabalha no banco porque quer.” Quem aqui trabalha porque quer?

E se sim, se eu trabalho no banco porque quero, então somente por causa disso não tenho o direito de querer melhorias? Tenho que me conformar com qualquer coisa?


Pelamordedeus, porque é quem critica não vai se informar hein?


Uma pesquisa de um minuto no Google vai mostrar que o banco lucrou, no ano passado, algo em torno de R$ 8,8 bilhões, um salto de 74% sobre 2007. Vai mostrar também que o salário médio de um bancário é de R$1.100,00. Pensa que a carga horária é de 6 horas? Se enganou. Um bancário é contratado para trabalhar 6 horas/dia, mas trabalha em média 10 horas/dia sem direito a horas extras. E tem mais, o monte de cursos que temos que fazer, nas horas em que não estamos no trabalho, claro, para garantir que haja preparo para a execução das atividades, atividades essas nas quais um erro bobo pode acarretar sansões administrativas, processos cíveis e criminais.


E como será que o banco teve um crescimento de 74%? Não sabe? Procure o número de bancários nos consultórios psiquiátricos ou no banco de dados do INSS. Todo trabalho tem metas, isso é uma coisa lógica e positiva quando bem trabalhada, agora quando você chega no trabalho e a primeira questão com a qual se depara no dia é “quem vamos demitir ou descomissionar hoje se não alcançarmos X em previdência” aí a coisa se torna destrutiva. E diga-se de passagem, o X é sempre um número absurdo, inalcançável e fora da realidade. Ahh e não ganhamos nada a mais por isso.


Não estamos exigindo nada absurdo, somente que o nosso salário seja no mínimo reajustado conforme a inflação (aumento real de salário a classe não tem há mais de 7 anos mesmo), que sejam criados mais órgãos de proteção ao assédio moral e que sejam criados mais postos de trabalho.


Não concorda com a greve? Ok, eu também acho que já vai longe o tempo em que greve surtia grandes efeitos, não sei se há outra forma de se fazer ouvir, mas respeite e procure saber do que está falando antes de ficar criticando.


E só esclarecendo, os serviços que são prestados dentro de uma agência bancária como depósitos, recebimentos e pagamentos podem ser feitos por canais alternativos como internet, telefone ou auto-atendimento. Assim que ninguém está ficando sem dinheiro ou sem poder pagar suas contas porque os serviços básicos para a população estão sendo mantidos por funcionários, que para não deixar o povo na mão de uma vez, vão trabalhar e são por isso tidos como maus colegas. A esses funcionários também o meu respeito (eu sou uma dessas).


Me desculpem pelo desabafo meus amigos, sei que vocês fazem parte da ala que tem bom senso e nem precisariam estar lendo isso.

E também desculpem-nos pelo transtorno.

04/10/2009

Mercedes Sosa

La Negra...

Existem pessoas que não terminam com a morte...

O Brasil homenageia a que foi e continuará sendo uma das mais importantes vozes latino-americanas.

Obrigada por sua luta e por seu canto.



02/10/2009

Banana?

Assistindo a um programa na televisão aberta- o que raramente acontece, e agora me lembrei o porquê - não pude deixar de me recordar de um texto da Martha Medeiros que postei no outro blog (é, aquele que desapareceu, lembra?). Aliás, não só me lembrei do texto da Martha, como também de uma música do Gabriel, Pensador (onde anda ele que eu não vejo mais hein?), Nádegas a Declarar.
Infelizmente constatei como os dois, mesmo depois de um tempo, ainda são tão atuais... Êita Brasilzão...

"Não sei se você já conhecia a Mulher Melancia e a Mulher Jaca. Eu só soube da existência dessas criaturas na semana passada. São duas dançarinas de funk que ganharam notoriedade por possuir quadris avantajados (respectivamente, 121cm uma, 101cm a outra). Essa é toda a história, com começo, meio e fim.

Tem também a Mulher Rodízio, forma bem-humorada que a onipresente Preta Gil se autobatizou, justificando que ela tem carne pra todo mundo.

Pois agora vou apresentar pra vocês a grande novidade desse mercado tão nutritivo: a Mulher Banana.

A Mulher Banana, se tivesse um quadril de 120cm, correria três horas por dia numa esteira. Se isso não adiantasse, correria para uma mesa de cirurgia a fim de tirar uns cinco bifes de cada lado, porque ela considera bundão uma coisa muito vulgar. Faria isso por vaidade, pois acredita que, na prática, não faz a menor diferença para os homens se a mulher tem 90cm ou 120cm. Eu avisei que ela é banana.

Essa questão da vulgaridade quase a deixa doente. Ela não se conforma de que a rafuagem ganhe tanto espaço na imprensa, incentivando um monte de menininhas a também rebolarem no pátio da escola. Ela morre de vergonha ao ver a mãe da Mulher Melancia dizer para um repórter que sente muito orgulho de ter uma filha vitoriosa. Ela se pergunta: pelamordedeus, não existe ninguém pra avisar essa gente que eles perderam o senso do ridículo? A Mulher Banana é totalmente sem noção, coitada.

A Mulher Banana não se dá conta de que há pouco assunto para muito espaço na mídia. Não há novidade que chegue para preencher tanto conteúdo de internet, tanta matéria de revista, tanto programa de tevê, e é por isso que qualquer bizarrice vira notícia. Sem falar que, hoje em dia, tudo é cultura de massa, tudo é passível de análise para criarmos uma identidade nacional. Não, não, não pode ser!! Pode, Mulher Banana.

A Mulher Banana, como o próprio nome diz, é ingênua, inocente, tolinha. Ela acredita que o discernimento nasceu para todos e que ser elegante vale mais do que ser ordinária. É boba, mesmo. Não no mercado das mulheres hortifrutigranjeiras, minha cara. Aliás, mercado ao qual você também pertence. Banana.

A Mulher Banana ainda se choca com certas imagens, com certas fotos. Não que ela não acredite no que está bem diante do seu nariz (já sondei e não tem parentesco algum com a Velhinha de Taubaté). Ela vê, ela sabe, ela está bem informada. Só que não consegue tirar isso pra piada, não leva na boa, não passa batido: ela é tão banana que se importa!!

Aviso desde já que a Mulher Banana não tem empresário, não posa para sites eróticos, não dá entrevistas e muito menos aceita sair de dentro de um bolo gigante usando só um tapa-sexo. Ela é banana. Vai morrer sem dinheiro, só é rica em potássio. E não pense que é movida à inveja. Se fosse, invejaria a bundinha da Gisele Bündchen, que também andou à mostra esta semana e tem um tamanho bem razoável. A Mulher Banana, tadinha, ainda sonha com um padrão estético razoável e um comportamento social menos nanico. Não pode ser brasileira! Mas é, conheço-a como a mim mesma." Martha Medeiros.


Selos

Este ganhei da Carla, lá do Leitura mais que obrigatória.

E este ganhei da Ana, do Pelos Caminhos da Vida.

Obrigada meninas!

Repasso a todos os meus amigos.

20/09/2009

Suerte

Ganhei a bonequinha da sorte da Ana, lá do Pelos Caminhos da Vida e quem gostou fique a vontade para levar.



Isso me lembrou que quando estive na Argentina observei que alguns se despedem dos outros assim, desejando "suerte".

Achei engraçado na verdade, porque nunca acreditei nisso de boa ou má sorte.

Acredito mesmo que sorte é o conhecimento que encontra a oportunidade. Acredito em disposição para correr atrás e chegar a resultados. Que seja bom ou ruim é só consequência.

Acho que acreditar em sorte nos exime do fracasso, que é nosso. Então não tivemos uma promoção no trabalho porque nos faltou sorte? E se você recebeu a tal promoção no seu trabalho, então significaria que você somente teve sorte, não trabalhou muito duro para que isso acontecesse?

É como se dissessemos à Santos Dumont: puxa, que sorte você teve em conseguir voar! Ou ao Schumacher: muita sorte você ter chegado em primeiro! Ou ainda que Thomas Edison teve muita sorte com tudo aquilo.

Mas com todo esse discurso também não consigo resposta para muitas coisas.

Como explicar então os ganhadores da mega-sena? Não se pode dizer que ali houve a conjunção do conhecimento com a oportunidade...

A menos que o jogador tenha feito uso da lei das probabilidades... e ainda assim... porque ele e não eu???

18/09/2009

Tico e Teco trabalhando

Eu li há um tempo, não consigo me lembrar onde, algo que dizia mais ou menos assim:

“Encare o que te aflige com essas palavras: Em cinco anos, vai importar?”

Pois é, isso é mesmo algo a se pensar.

Olhei para trás e percebi que a maioria das coisas que me pareciam catastróficas, não me atingem mais. Penso, por que é que eu me preocupei tanto com aquilo? Por que parecia tão importante? Se realmente tivesse alguma importância, não teria ainda hoje?

E fiquei aqui a matutar, quais das minhas preocupações de hoje, quais das minhas aflições e catástrofes particulares, quais ainda terão importância daqui cinco anos?

Pensar nisso me atenua o hoje. Faz mais claro o lugar que cada coisa merece.

Muito pouca coisa é importante de verdade.

08/09/2009

Lindo tango



Uno, busca lleno de esperanzas
el camino que los sueños
prometieron a sus ansias...
Sabe que la lucha es cruel
y es mucha, pero lucha y se desangra
por la fe que lo empecina...
Uno va arrastrándose entre espinas
y en su afán de dar su amor,
sufre y se destroza hasta entender:
que uno se ha quedao sin corazón...
Precio de castigo que uno entrega
por un beso que no llega
a un amor que lo engañó...
¡Vacío ya de amar y de llorar
tanta traición!

Si yo tuviera el corazón...
(¡El corazón que di!...)
Si yo pudiera como ayer
querer sin presentir...
Es posible que a tus ojos
que me gritan tu cariño
los cerrara con mis besos...
Sin pensar que eran como esos
otros ojos, los perversos,
los que hundieron mi vivir.
Si yo tuviera el corazón...
(¡El mismo que perdí!...)
Si olvidara a la que ayer
lo destrozó y... pudiera amarte..
me abrazaría a tu ilusión
para llorar tu amor...

Pero, Dios, te trajo a mi destino
sin pensar que ya es muy tarde
y no sabré cómo quererte...
Déjame que llore
como aquel que sufre en vida
la tortura de llorar su propia muerte...
Pura como sos, habrías salvado
mi esperanza con tu amor...
Uno está tan solo en su dolor...
Uno está tan ciego en su penar....
Pero un frío cruel
que es peor que el odio
-punto muerto de las almas-
tumba horrenda de mi amor,
¡maldijo para siempre y me robó...
toda ilusión!…

Cantado por Libertad Lamarque
Música: Mariano Mores
Letra: Enrique Santos Discepolo

02/09/2009

É de dar pena...


Sabe o tipo de pessoa que sempre me irrita? O tipo que se faz de coitada o tempo todo. É, essas que vivem com pena de si mesmas, se achando a mais infeliz das criaturas.

E sabe o que eu tenho feito? Exatamente isso.

Bom, eu levo a vantagem de só ficar achando isso, não fico espalhando isso por aí e nem incomodando ninguém como é de praxe para o tipo e muito menos resolvo listar meus problemas para o pobre que cruza comigo na rua e me pergunta se está tudo bem.

Reclamar, conversar com os amigos, tudo bem, porque senão ninguém agüenta. Agora, ficar com peninha de si mesma... aí já é demais.

Coitada eu? De jeito nenhum. Olha em volta, fofíssima. Que vergonha.

Se as coisas nem sempre saem do jeito que eu gostaria que saíssem a culpa é minha. Não há universo nenhum conspirando contra mim, não há Deus me castigando, não há Murphy me assombrando. Eu sou a causa.

Deposito expectativas demais em cima de mim e também em cima das outras pessoas, querendo que tudo seja absolutamente perfeito, e aí então, quando algo não fica exatamente do jeito que eu imaginei, lá estou eu me lamentando: óh céus, óh dia, óh azar... tem coisa que só acontece comigo, que dó de mim e blá blá blá.

Ahhh pára, tenha santa paciência dona Taís. Essa atitude sim, é de dar pena.

Nós somos mesmo o resultado de nossas escolhas e se as coisas não estão como eu quero é porque em algum momento eu fiz m****. E aí, vou continuar fazendo?

Não resolve reclamar, o que resolve é eu identificar onde errei, sacudir a poeira e dar a volta por cima, como diria Beth Carvalho.

Porque eu sou a causa sim, mas também sou a solução.

30/08/2009

Buenos Aires



Saudades de andar por tuas ruas, de ouvir tua fala, de ver tuas belezas, sentir teu encanto, da educação do teu povo, do teu trânsito estranho, do teu ar... viciei em você.


27/08/2009

...

Já não me importa o tic-tac do tempo

Em pensamento me transporto a um momento

que ainda está por vir

24/08/2009

As cordas do violão estão esticadas demais.

20/08/2009

Pérola

"Leio pouco porque me dá sono", diz Lula em entrevista à Folha de São Paulo.

Ouvindo-o falar ninguém consegue duvidar disso.

16/08/2009

Quem sou eu para discordar...

Zé Simão hoje na Folha:
"Congresso Nacional se gradear vira zoológico, se murar vira presídio, se cobrir com lona vira circo, se botar lanterna vermelha vira puteiro e se der a descarga não sobra ninguém".

08/08/2009

Nada é tão simples quanto pode parecer

Cá estou eu pensante (isso é sempre um perigo).

O vídeo de um acidente que vi na internet desta vez foi o pavio. Uma estrada, dois carros em mãos contrárias, um não consegue fazer a curva e pronto, acabou. Um minuto mais ou um minuto menos e aquela gente nunca teria se encontrado.

Pensava na verdade em como coisas bobas, escolhas tolas, podem afetar todo o nosso futuro. E em como nem nos damos conta disso.

Talvez se cada pequena decisão fosse outra, muita coisa seria diferente.

Escolhemos uma rua ao invés da outra e jamais saberemos o que podíamos ter encontrado ali.

Estivéssemos num dado momento em outro lugar, fazendo qualquer outra coisa e nunca teríamos conhecido pessoas que hoje nos são tão queridas.

E se naquele dia eu tivesse saído de casa? E se não tivesse faltado àquela aula? E se eu não tivesse ido àquela festa? Se eu tivesse virado uma esquina antes? E se eu tivesse dito sim? E se eu tivesse dito não?

Quantos amores não foram encontrados num simples esbarrão em uma esquina? Ou, sendo mais moderna, num estar ao mesmo tempo em algum site da internet? Quantas pessoas perdemos por não termos ido a algum lugar?

Ao escolher uma determinada coisa, ainda que a escolha seja inconsciente e banal, estamos eliminando outras possibilidades, renunciando a outros desfechos.

Não sei para você, mas essa fragilidade, esse saber que um momento pode mudar uma vida, e saber que minhas escolhas mais banais podem afetar e alterar o rumo de outras vidas, isso me assusta.

Viver é muita responsabilidade.

06/08/2009

Caminhando e...

Queria entender os caminhos que trouxeram-me ao presente momento...
Que decisões tomadas trouxeram-me a este agora?
Quais foram os segundos decisivos?
Ou teria sido uma sequência de escolhas?
Queria tão somente uma imagem coerente...
Mas na grande balbúrdia que se formou, eu somente pude somar outra dúvida:
Onde me levará este caminhar de agora?

03/08/2009

Mary Help em Terça Insana

22/07/2009

Selo

Este selo ganhei do amigo Olavo, lá do Traços de um homem. Brigadinha Olavo.

19/07/2009

...

Algumas situações, por estranhas ou doloridas que possam ser, são libertadoras. Porque quando se perde o medo, não existem mais Golias.

12/07/2009

Alguém por acaso achou o meu meio termo por aí?

É, eu o perdi, bom, se é que um dia eu o tive.

Eu sou a rainha do 8 ou 80. Pra mim não existe mais ou menos, ou é ou não é.

Ou eu amo ou sinto a mais absoluta indiferença. Ou eu acredito piamente ou não acredito definitivamente em nada. Ou você tem a minha lealdade absoluta ou não conte comigo para nada. Quando eu começo algo vou até o fim, custe o que custar, goste eu ou não. Gostar um pouco pra mim não existe.

Não sei andar com o pé em duas canoas. Me equilibrar em cima do muro. Fingir que gosto. Fingir que aprecio. Não tenho jogo de cintura pra isso.

E por ser assim não sei viver de insegurança. Não posso viver de achismos, não consigo, não suporto. Me tira do eixo. Me deixa sem chão. E ao contrário de Clarice, a Lispector, eu não sei voar.

Me ame ou me deixe. Essa sou eu.

09/07/2009

Como se ela não tivesse suportado sentir o que sentira, desviou subitamente o rosto e olhou uma árvore. Seu coração não bateu no peito, o coração batia oco entre o estômago e os intestinos.

Clarice Lispector

06/07/2009

Vorti!

PIPOUS!!!!! Que saudades d’ôceis que eu tava!!!!

Uma droga essa vida moderna viu? Com isso de internet eu ainda não aprendi a usar sinais de fumaça e portanto não conseguia me comunicar. Preciso remediar isso.

Eis que o meu notebook resolveu dar pau. Morreu. Bom, quase, porque conseguiram dar um jeitinho nele. Algumas desfibrilações depois, digamos que ele está a andar de muletas. Mas anda... é o que importa.

Ele teve a audácia de não reconhecer mais a placa de rede. Vê se pode... Tá se achando o fresco aqui...

O que ele não sabe é que eu sou adepta de umas boas porradas quando essas coisinhas resolvem ter chiliques, de modo que é melhor ele se cuidar... já avisei.

Outra coisa foi que descobri que sem internet e alienada do mundo me sobra tempo demais pra pensar. O que definitivamente não é bom!

Eu já sou pensante (leia-se extremamente, neuróticamente, exageradamente e muitos outros mentes) normalmente. Mesmo com tanta informação e distração eu consigo ficar pensando, conjecturando e pior, criando situações que não sei reais. É, eu disse bem, não sei reais. Não é que eu saiba não serem reais. O problema é justo não saber, afinal o que se sabe não se precisa imaginar.

Mas putz, que imaginação fértil eu tenho. Eu vou ligando uma coisa na outra e na outra e na outra e quando eu vejo já estou com raiva, frustrada, indignada como se aquilo tudo que eu tava pensando fosse mesmo real, alguém tivesse me dito ou eu tivesse visto.

Já viram doido? É, desses que ficam brigando consigo mesmo? Eu!!! O caso tá sério por aqui. O lado mauzinho e o lado bonzinho estão em pé de guerra e eu não tenho idéia de quem é que vai ganhar a parada.

Acho que quem anda precisando de um médico, mais do que o meu computador, sou eu.

Garçon, por favor um psiquiatra e uma dessas caixinhas aí com a listrinha preta. Obrigada.

E em comemoração à reabilitação do meu note, um tango que eu gosto muito


29/06/2009

Ninguém merece...

Tem uma piadinha que rola no BB:

“E Deus disse: quer ser bonita ou quer ser bancária?”
(porque bancária, pelo menos do BB, tem fama de ser baranga)

Pois é...

Ô meu Deus, nem uma coisa nem outra... não tem jeito de eu ser inteligente e passar num concurso pra Fiscal da Receita, por exemplo??? Ou ser sortuda talvez e ganhar na Mega Sena (não foi dessa vez)???

Porque pra “baranguice” a gente até dá um jeito com um pouco de esforço e dinheiro ... mas ser bancária... ahhhh isso ninguém merece!


Fériaaaaaaaaaaaaaaassssssssssss pelamordedeus!!!

26/06/2009

Selo

Olha só!!! O primeiro selo deste blog. Ainda bem que não perdi os outros selos, só não postei ainda mesmo. Este aqui eu ganhei de uma também fofa, a Carla lá do Leitura mais que obrigatória. Obrigadinha!

Vamos às regrinhas: 1. Linkar quem indicou; 2. Postar o selo; 3. Avisar 5 amigas e passar o selo; 4. Responder algumas perguntinhas.

E agora vamos às respostas:


Mania: Roer unha (tinha parado com isso, mas de um tempo pra cá voltei a roer)


Pecado Capital: orgulho (não no sentido de me achar alguma coisa, mas no sentido de não querer demonstrar que preciso dos outros)


Melhor cheiro do mundo: nenhum específico, mas os melhores cheiros são os que te transportam para algum lugar


Se dinheiro não fosse problema eu faria: montes de viagens


Casos de infância: mmmm não sei, se me lembrar volto e coloco aqui


Habilidade como dona de casa: bom, eu faço tudo o que precisa ser feito, mas daí a chamar de habilidades... xiiii tá longe...


O que não gosta de fazer em casa: faxina


Frase:
Há noites que eu não posso dormir de remorso por tudo o que eu deixei de cometer. Mário Quintana


Passeio para o corpo: bom, este corpitcho não tem ido a muitos lugares não


Passeio para a alma: qualquer lugar onde eu possa me desligar


O que me irrita: arrogância


Frase ou palavra que fala muito: ninguém merece


Palavrão mais usado: pqp


Desce do salto e sobe o morro quando: me tratam pensando que eu sou imbecil


Perfume que usa no momento: Deep Red – Hugo Boss


Elogio favorito: elogios inteligentes e sem grosseria


Talento oculto: observação


Não importa que seja moda, não usaria nem no meu enterro: nada que fosse muito espalhafatoso


Queria ter nascido sabendo: idiomas


E como não poderia deixar de ser, repasso a blogs fofos:

25/06/2009

Em algum lugar, em algum momento à espera de ser encontrada, existe uma outra versão de mim.
Uma versão que não se atormenta com os fantasmas que ela mesma cria
.

24/06/2009

A volta dos que não foram... (pelo menos não por vontade própria)


Pois é, eis que o meu blog sumiu, desapareceu, fugiu, escafedeu-se!!


Não me perguntem nem como e nem por que, porque eu não tenho a mais remota idéia. Simplesmente ontem eu tinha um blog e hoje não tenho mais. Assim. Tecnologia, azar, maldade... sei lá... prefiro acreditar que seja dessas coisas que acontecem no mundo virtual vez ou outra.


Algumas postagens eu tinha guardadas, outras foram irremediavelmente perdidas, assim como foram perdidos os comentários que tão carinhosamente deixaram para mim.


Já fiquei muito puta com isso hoje, mas como diriam por aí: o que não tem remédio, remediado está.


Mas – lá vem a síndrome de Pollyanna se apossando de mim – como tudo que é ruim tem lá a sua lição, de agora em diante vou fazer um backup do blog a cada tempo. E assim, caso a tecnologia tenha invocado comigo e resolva excluir este blog também, nem tudo estará perdido.


Enfim, passada a raiva, cá estou eu novamente porque como vocês já sabem eu sou brasileira e brasileira... o que? o que? o que?


É isso aí... não desiste nunca!